Concessionária Águas do Rio arrematou os blocos 1 e 4 do leilão, que aconteceu em abril e arrecadou R$ 22,6 bilhões no total. Presidente da Águas do Rio anunciou a contratação de 6 mil profissionais diretos — 3 mil deles vindos de comunidades.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro e a concessionária Águas do Rio, do grupo Aegea, assinaram nesta quarta-feira (11) o contrato de concessão do saneamento público, previsto no leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). A concessionária arrematou os blocos 1 e 4 do leilão, que aconteceu em abril e arrecadou R$ 22,6 bilhões no total da concessão de 3 dos 4 blocos ofertados.

A assinatura do contrato foi realizada no Pão de Açúcar, na Urca, Zona Sul do Rio. O evento contou com a presença do governador Cláudio Castro e do presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.

“O dinheiro obtido pelo governo do estado com o leilão será usado em obras de infraestrutura”, afirmou o governador.

O pregão, realizado no dia 30 de abril na Bolsa de Valores, pôs à iniciativa privada quatro blocos. Um deles, o Bloco 3 — que engloba parte da Zona Oeste do Rio —, não recebeu propostas.

O bloco 1 foi arrematado por R$ 8,2 bilhões e contempla 18 bairros da Zona Sul da capital e 18 municípios.

O bloco 4 foi arrematado por R$ 7,203 bilhões e conta com 106 bairros do Centro e Zona Norte da capital e sete municípios.

Cidades do bloco 1 – Aperibé, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Cantagalo, Cordeiro, Casimiro de Abreu, Duas Barras, Itaboraí, Itaocara, Magé, Maricá, Miracema, Rio Bonito, Saquarema (3.o distrito), São Gonçalo, São Francisco de Itabapoana, São Sebastião do Alto, Tanguá e parte do Rio.

Cidades do bloco 4 – Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti e parte do Rio de Janeiro.

O presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, considera os investimentos agressivos na melhora da qualidade da água de parte dos moradores do estado.

“Recuperar o abastecimento da Baixada Fluminense, Magé, Maricá e as comunidades do Rio. Ao mesmo tempo, começamos a recuperação das redes de coleta de esgoto”, afirmou Bianchini.

O presidente da Águas do Rio anunciou a contratação de 6 mil profissionais diretos, sendo 3 mil deles vindos de comunidades. A previsão é de uma parceria com a Faetec para a formação de mão-de-obra.

Saneamento

O contrato prevê 35 anos de concessão. A concessionária promete um investimento total de R$ 24,4 bilhões nos dois blocos arrematados, sendo R$ 7,2 bilhões nos primeiros cinco anos.

A partir da assinatura, a Águas do Rio começa um período de operação assistida que deve durar seis meses. Mas o prazo pode ser antecipado pelo governo do estado.

Após o período de experiência, a coleta e o tratamento da água seguem sendo realizados pela Cedae.

A concessionária passa a cuidar do fornecimento de água após o período de experiência, além de coleta e tratamento de esgoto.

Castro acredita que pouco mais de um ano após a Águas do Rio assumir já será possível sentir a melhora da água que chega às torneiras.

Baía de Guanabara

A Águas do Rio promete ainda um investimento de R$ 2,7 bilhões em recuperação ambiental da Baía de Guanabara nos cinco primeiros anos do contrato de concessão. Nos planos da empresa estão a recuperação de estações de tratamento de esgoto e a construção de um sistema de coleta de esgoto ao redor da baía, formando um cinturão de proteção.

“Nos primeiros cinco anos será visível uma evolução na Baía de Guanabara, evoluindo até os 12 anos e teremos essa joia de volta”, afirmou Bianchini.

O governador Cláudio Castro destacou que projeto contará com o apoio do governo.

“Nós iremos despoluir a Baía de Guanabara. Se tivermos que colocar mais recursos colocaremos. Assim como a Bacia do Guandu. Se tivermos que sentar nós sentaremos”, destacou Castro.

 

Fonte: G1