Falta de saneamento é a maior causa a afetar o meio ambiente em cidades com mais de 50 mil habitantes, diz estudo do IBGE
06/07/2018

Realizado pelo IBGE, o Munic 2017 (Perfil dos Municípios Brasileiros) investigou a ocorrência de processos ou ações que resultaram em impactos ambientais nos municípios. De acordo com o estudo, mais de dois terços das cidades brasileiras registraram ocorrência de impactos ambientais no período investigado. Em 46% dos casos, a causa foi uma condição climática externa, como enxurradas e secas.
A segunda principal causa de impactos ambientais nos municípios foi a falta de saneamento (36,5%), seguida das queimadas (33%).
Em uma análise por população, o IBGE identificou que nas cidades com mais de 50 mil habitantes, em termos relativos, ocorrem mais impactos ambientais causados por falta de saneamento básico e destinação inadequada de esgoto doméstico.
Por outro lado, nas cidades com menos de 50 mil habitantes, predominam em termos absolutos e/ou relativos os impactos causados por condições climáticas.
O IBGE levantou que, entre 2013 e 2017, dos 5.570 municípios brasileiros:
- 706 (48,6%) foram afetados por secas
- 726 (31%) por alagamentos
- 515 (27,2%) por enxurradas
- 093 (19,6%) por processos erosivos acelerados
- 833 (15%) por deslizamentos
Apesar deste número de ocorrências, no ano passado quase 60% dos municípios não tinham nenhum instrumento de prevenção de desastres, e apenas 14,7% (821 municípios) tinham um plano de prevenção ou contingência para secas.
(Publicado pelo G1)